Coadjuvantes: Na queda de um helicóptero (02 de abril) em SP,
morreram o piloto Carlos Gonçalves, os mecânicos Paulo Moraes, Erick
Martinho, e Leandro Souza. Mais tarde se soube da morte do piloto Thomaz
Alckmin, filho do governador Geraldo Alckmin, que também estava na aeronave.
Buenas!
Assim poderia se publicar o acidente, porém o jornalismo só enfocava ao
último. Algumas emissoras nem anunciaram os demais. E quase todos os
pronunciamentos de autoridades só lamentavam a morte do filho do governador.
As outras quatro vítimas eram coadjuvantes, e seus familiares isentos do
sofrimento. A vida está repleta de coadjuvantes.
Coadjuvantes 2: Com seu discernimento aprimorado, pois quem lê um
coadjuvante é um leitor contumaz, afirmo que desde os primórdios foi assim.
Quer prova? Jesus Cristo foi crucificado entre dois ladrões, e a bíblia
sequer cita os nomes deles, embora um deles tenha se salvado, pois que se
arrependeu dos pecados. Seu pensamento já cogitou: “Eram ladrões!” Embora o sendo,
a mãe destes sofreu dor similar à Maria, pois mãe é mãe!
Sabe,
moço, que no meio do alvoroço,
tive um lenço no pescoço que foi bandeira pra
mim.
Que andei em mil peleias, em lutas brutas e feias
desde o começo até o
fim.
Sabe,
moço, depois das revoluções,
vi esbanjarem brasões pra caudilhos coronéis.
Vi
cintilarem anéis, assinatura em papéis,
honrarias para heróis.
É
duro, moço, olhar agora pra história,
e ver páginas de glórias, e retratos de
imortais.
Sabe, moço, fui guerreiro como tantos,
que andaram nos quatro cantos, sempre
seguindo um clarim.
.
E o que restou? Ah, sim! No peito em vez de medalhas!
Cicatrizes
de batalhas: foi o que sobrou pra mim.
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sexta-feira, 10 de abril de 2015
Nem só de poesia vive o homem... da minha coluna INTEGRANDO, publicada em 11 de abril 2015.
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