quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Poesia reverenciando o reinício das aulas... nos dias atuais.



SILÊNCIO

Silêncio! Ordenou a professora!
A voz pareceu tesoura cortando o eco da sala.
Tinha alguém chupando bala, se engasgou neste repente.
A Maria, lá na frente, olhou pra trás por curiosa.
Mesmo assim, seguiu a prosa, pois anda pouco o respeito.
Ao que ela estufou o peito, e repetiu imponente.

SILÊÊÊNCIO! ... Lá no canto uma vassoura,
ao grito da professora, fez lembrar bruxa malvada.
Não sendo hora de piada silenciaram os inocentes.
Mas outros, indiferentes, remexeram os celulares.
Foi então, que aos pesares, se ouviu um jovem berrar:
É bullyng você gritar! Era o Joãozinho valente.

(Tempo de silêncio).... Ela então cruzou os braços.
E em silêncio, sem ameaços, seu olhar varreu a sala.
Quando um ambiente se cala até o mosquedo quer abrigo.
Talvez pressintam perigo ao silêncio repentino.
Naquilo tocou o sino para anúncio do recreio.
Foi quando a turma, sem freio, levou as classes consigo.

Fechou-se a porta num upa para espanto dos alunos.
Há momentos oportunos e aquele foi especial.
Com timbre, e com voz normal, falou sobre liberdade.
De respeito, honestidade, e virtudes necessárias.
E desta vez, sem contrárias, foi calando nas consciências.
Com a fé do amor, e experiências, despertou maturidade!