SILÊNCIO
Silêncio! Ordenou a professora!
A voz pareceu tesoura cortando o eco
da sala.
Tinha alguém chupando bala, se
engasgou neste repente.
A Maria, lá na frente, olhou pra trás
por curiosa.
Mesmo assim, seguiu a prosa, pois
anda pouco o respeito.
Ao que ela estufou o peito, e repetiu
imponente.
SILÊÊÊNCIO! ... Lá no canto uma
vassoura,
ao grito da professora, fez lembrar
bruxa malvada.
Não sendo hora de piada silenciaram
os inocentes.
Mas outros, indiferentes, remexeram
os celulares.
Foi então, que aos pesares, se ouviu
um jovem berrar:
É bullyng você gritar! Era o
Joãozinho valente.
(Tempo de silêncio).... Ela então cruzou os braços.
E em silêncio, sem ameaços, seu olhar
varreu a sala.
Quando um ambiente se cala até o
mosquedo quer abrigo.
Talvez pressintam perigo ao silêncio
repentino.
Naquilo tocou o sino para anúncio do
recreio.
Foi quando a turma, sem freio, levou
as classes consigo.
Fechou-se a porta num upa para
espanto dos alunos.
Há momentos oportunos e aquele foi
especial.
Com timbre, e com voz normal, falou
sobre liberdade.
De respeito, honestidade, e virtudes
necessárias.
E desta vez, sem contrárias, foi
calando nas consciências.
Com a fé do amor, e experiências,
despertou maturidade!